quinta-feira, 17 de junho de 2010

JABULANI VOLÁTIL COMO O PERFUME DAS BRASILEIRAS CAMPEÃS

1.MEU FRACO POR PERFUMES... – Gostei de conhecer o site de Gloria Taveira sobre Aromaterapia (http://www.spagloriataveira.com.br ). Desde a juventude tenho um “fraco” por perfumes. Comecei na década dos 50, com o “Avant la Fête” argentino e quando fui jogar voleibol pelo Fluminense em Buenos Aires, em 1957, passei a usar o Lancaster. Muito melhor, descoberto nas andanças com Átila, Naga, Parker, Ronaldo, Mário, Jonjoca e Careca ao longo da Calle Florida. Pelo Chambley, também portenho, nunca passei - não fazia meu tipo, achava horroroso...Em 1959 fui a Paris, também jogando voleibol, disputando a Petite Coupe du Monde pela Seleção Brasileira e visitei incontáveis vezes a Rue Rivoli, então a Meca dos Perfumes, para conhecer as novidades. Lá, conheci uma Colônia que usei durante muitos anos: verde, levemente cítrica,suave, foi ótima enquanto durou. Voltei muitas vezes a Paris, por força de meus trabalhos com a UNESCO e a compra obrigatória era ela, a Colônia Fougère Royale Pour Homme. Mas numa dessas viagens veio a notícia trágica: “a minha Colônia” não era mais fabricada... Desde então, transito indeciso por muitas marcas, sem me fixar em qualquer delas: CK, Hugo Boss, Kenzo, Polo, Ermenegildo Zegna... As visitas à SEPHORA continuam dando grande prazer, mas falta algo... Queria mesmo, de volta, o Fougère Royale, de preferência junto com a minha mocidade... Numa visita à Riviera, já nos anos 90, fui à Cidade de Grasse, onde crescem as lavandas e outras flores notáveis, lá mesmo transformadas em essências maravilhosas. Mas a minha... nem lá existia mais. A “fougère”, criada em 1882 por Paul Parquet, foi o primeiro perfume contendo uma substância química sintética que os consumidores aceitaram bem – era a cumarina, achada na Natureza na lavanda, trevo e feijão Tonka. E Grasse foi minha derradeira tentativa...
2.AROMATERAPIA - Gostei do que o site da Glória conta: “A história da aromaterapia, dos homens pré-históricos aos dias de hoje, passa pelos egípcios, gregos e romanos. O uso de substâncias aromáticas, em rituais, por sacerdotes, em forma de incenso e em mumificações, era uma prática freqüente no antigo Egito. Na Grécia Antiga acreditavam que os perfumes eram formulados pelos deuses, e os utilizavam em remédios aromáticos e cosméticos. Roma, por sua vez, tornou-se a Capital mundial dos banhos: os romanos utilizavam os óleos aromáticos em massagens ou como pós-banho. O conceito moderno e atual da aromaterapia, definida como “uma forma holística de cura”, foi assim proposto, no final da década de vinte, pelo químico francês René M. Gatefossé, após queimar as mãos no laboratório da família e mergulhá-las no líquido mais próximo – uma tigela com óleo essencial de lavanda. Acidentalmente, ele descobriu as propriedades dermatológicas e medicinais dos óleos essenciais, ao constatar que a queimadura sarou e não deixou cicatrizes. Impressionado com o resultado, Gattefossé começou a pesquisar as propriedades dos óleos essenciais e em 1928 lançou seu livro intitulado “Aromatherapie”. (Silva, 1988). Durante a segunda Guerra Mundial, Jean Valnet, médico francês, empregou os óleos essenciais em feridos, o que lhe trouxe reconhecimento nas curas holísticas. No pós-guerra continuou suas pesquisas e em 1964 seu livro foi publicado. (Silva, 1988). A Marguerite Maury, bioquímica francesa, foi creditado o uso moderno da aromaterapia. Ela concluiu, após pesquisas, que basta o uso externo em massagens com sinergia individualizada para se obter os efeitos desejados. (Silva, 1988). Hoje, a aromaterapia é praticada mundialmente e com critérios científicos: os aromaterapeutas usam os óleos essenciais para promover beleza e saúde do corpo, da mente e da alma.” Gostei !
3. BRASILEIRAS CAMPEÃS MUNDIAIS NO MILITAR DE VÔLEI FEMININO - A hegemonia brasileira no voleibol volta a ser confirmada: nossa Seleção Militar Feminina conquistou o título do 31º Campeonato Mundial Militar, disputado na Base dos Fuzileiros Navais de Cherry Point, na Carolina do Norte, Estados Unidos da América. A final foi contra a Alemanha e o Brasil venceu por 3 x 0. Foi a primeira participação de uma equipe militar brasileira feminina no Campeonato Mundial. As brasileiras deram show: a 3º Sgt Fernanda Garay foi eleita a melhor jogadora da competição; a 3º Sgt Juciely, o melhor bloqueio; e a 3º Sgt Ana Cristina, o melhor saque. A capitã da equipe brasileira, 3º Sgt Camilla Adão recebeu o troféu que ficará no Brasil até os Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro, em 2011.
4.A BOLA TUDO PODE – Insisto na importância da bola e de suas características para a performance esportiva de alto nível. A bola tudo pode. Se alterássemos, por exemplo, a confecção da bola de voleibol, desenvolvendo tecnologia que permitisse que ela não tivesse gomos, mas mantivesse suas demais características de maneabilidade e durabilidade, as cortadas perderiam velocidade e o jogo (principalmente o masculino) seria mais interessante, porque o ponto custaria mais a acontecer. E quem nos ensina isso são os estudos científicos sobre turbulência. Uma bola inteiriça, sem gomos, teria maior arrasto, deslocar-se-ia com menor velocidade, facilitaria as defesas em geral. Agora, se colocarem ranhuras, como as da pele dos tubarões (que deram origem aos maiôs inteiriços de natação, agora proibidos), a bola passará a “voar”, em alta velocidade. Foi o que fizeram com a Jabulani. Um exemplo bem estudado e conhecido para todos entenderem: o desenho da bola de golfe, cheia de “covinhas”, visa maximizar o seu deslocamento após a tacada. A tacada com a bola oficial de golfe, com suas reentrâncias, atinge até 250 metros. Calcula-se que a mesma tacada em uma bola de golfe do mesmo material, mas sem covinhas ( “dimples” em inglês), não passaria dos 100 metros. A Jabulani, a grande “estrela” da COPA até agora, é um “tubarão, disfarçado de peixe voador” e quando bate no chão sobe a alturas inimaginadas, enganando os jogadores e engolindo a reputação dos goleiros.

5 comentários:

  1. Realmente o site da Gloria é ótimo e nossa ida a Grasse também foi excelente!
    Às vésperas dos Jogos Militares aqui no Brasil em 2011 é bom ver o êxito de nosssa equipe de volei feminino!!! Tomara que tenhamos muitas vitórias !!!

    Cláudia

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  2. Adorei as fotos!!!

    Cláudia

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  3. Arlindo,
    Quando nasci,a maresia me fez aprazer cheiros.
    Como informação de uma fragância "próxima" da Fougère Royale inesquecível ,busque o Be.(verde)-encontrado em perfumarias nossas.
    Que "tens" razão sobre o horário muito rápido do nascimento da Jabulani. ou como a chama José Trajano Jambalaia, minutos antes da Copa - é fato, mas a esférica não é culpada pelo péssimo esquema das equipas que se apresentam.Para mim a única seleção que mostrou arrumação foi a da Grécia- entendi sua armação.
    e amanhã estarei no maracazinho,é voleibol belo.
    gostando de saber do jogar militar feminino agradeço a notícia.
    Saudações Thereza

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  4. Oi Arlindo
    É incrível, eu conheço você há tanto tempo e não sabia desse seu fraco por perfumes. Mas pensando melhor: na época do Mobral, eu sabia que você tinha passado pelo Geped quando eu não estava lá, só por conta do discreto e bom perfume que ficava no ar.

    Eu também tenho fixação em perfumes. Não preciso dizer que na infância a colônia Johnson era a predileta da mamãe para me manter perfumada. Já na juventude e durante muito tempo usei o Fleur de Rocaille (inclusive eu adorava as flores da caixinha e o próprio frasco) e o Chanel nº 5. Depois usei o Dune do Dior (um tanto forte para o nosso clima e eu tinha que usar pouquinho).

    Por conta disso, passei um bom tempo fazendo um “passeio” por vários perfumes, sempre procurando algo especial que me agradasse e tivesse algo a ver com a fase que eu estava vivendo: Y do Yves Saint Lauren, Lauren do Ralph Lauren, L’Eau D’Issey do Issey Miyake, Eternity do Calvin Klein e o DKNY foram alguns que curti até encontrar o Light Blue do Dolce & Gabbana. Mais recentemente descobri em São Paulo a grife da Tania Bulhões, uma mineira que considero de muito bom gosto, e estou usando uma fragrância à base de figo.

    Há alguns dias atrás, junto com a Yonninha e a Paula, passei horas na Sephora de NY experimentando diversos perfumes e até tentando descobrir novidades, mas acho que por um bom tempo ainda vou ficar entre o Light Blue e o Figo...

    Considero que a escolha do perfume merece muita atenção. Afinal, eu acredito que ele tem tudo a ver com a nossa personalidade, com os nossos sentimentos e lembranças. Ele pode nos aproximar ou nos afastar de alguém. Ou, ainda, alguém ou uma situação pode ficar eternizada em nossa memória por conta dele.

    Agora mesmo, na Sephora, experimentei o Dioríssimo do Dior e logo veio a lembrança, a saudade, a presença mesmo da mamãe e a memória de quanto ela era uma mulher elegante e vaidosa. Isso sem falar que ainda me lembro que quando conheci o Zeca duas coisas chamaram a minha atenção: a cor dos olhos e o perfume dele: Pour un Hommen Caron.

    Perfumes e lembranças: que gostosa sensação essa provocada por sua matéria sobre os seus perfumes... Aliás, o seu blog tem sido generoso comigo: ele me provoca o tempo todo a fazer memória, ao mesmo tempo em que acho a maior curtição conhecer as suas...

    Beijos também na sua turma – uma trinca de mulheres sempre muito bem perfumadas.
    Adélia

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  5. Grato pelos comentários. Cláudia, lembra que quando fomos para Saint Paul de Vence, pouco antes da entrada daquela linda cidade, havia um enorme campo de lavanda, um tapete colorido ? É uma lembrança de uma beleza que ficará comigo até o fim dos dias. Inclusive porque eu estava com sua mãe, você e a Carla. Adélia, os perfumes de que gosto são sempre muito discretos, daí talvez você não ter notado que eu sempre (excetuando durante exercícios físicos),sempre estou perfumado... O perfume fixa lembranças, especialmente as mais agradáveis e no meu caso faz parte de minha vida, embora eu seja uma pessoa simples, nada sofisticada, de costumes triviais. Mas de perfume eu gosto... e muito. Arlindo

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